sexta-feira, 26 de junho de 2020

O Conservador Moderado: O Buddah Shakyamuni

O Conservador Moderado: O Buddah Shakyamuni: Nascido no reino dos Shakyas, no Séc. VI a.c., realizou uma transformação no mundo espiritual, seus ensinamentos foram propagados e hoje são...

quinta-feira, 11 de junho de 2020

O Conservador Moderado: A cultura da Internet.

O Conservador Moderado: A cultura da Internet.: Em um diálogo com o Professor Luis Gustavo Crispim [1] , ele me alertou sobre a cultura vigente na Internet na qual se apresentam disc...

O Anticlericalismo.



O presente autor tem observado um terrível fenômeno por parte dos homens contemporâneos com relação ao trato e ao respeito sobre o clero. Tal fenômeno se traduz na arrogância dos homens contemporâneos e no seu desrespeito a pessoas pertencentes às ordens clericais.

Atualmente podemos ver monges, monjas, padres, freiras e sacerdotes em geral serem desrespeitados, mal tratados, difamados e ridicularizados por leigos e por pessoas que amam suas ignorâncias. Este fenômeno tem suas origens na Reforma Protestante, na Revolução Francesa e, somado, aos escândalos atuais que depreciam a imagem do clero.

A Reforma Protestante (Séc. XVI) foi um movimento que contestou o intermédio da igreja na interpretação das escrituras para o povo. Para Martin Lutero as escrituras deveriam ir diretamente para o povo sem precisar passar pelo intermédio da instituição, que por sua vez era composta por sacerdotes que interpretavam as escrituras sagradas do Latim para a língua do atual país. O que causou para Lutero um motivo de contestação, embora houvesse igrejas que já fizessem os ritos no vernáculo atual.[1]

Séculos mais tarde, com advento do Iluminismo e sua forte influência na Revolução Francesa e de suas incoerências, em virtude de ser uma releitura do período clássico com severas alterações.[2] Com a Revolução Francesa (1789 – 1815), no seu afã de acabar com os dois “estamentos”, a Aristocracia e o Clero, e nivelar tudo por baixo de acordo com seu lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”[3] decidiram matar cerca de 20.000 padres e desincentivar o culto religioso. Eles, os mais radicais revolucionários, chegaram a declarar: “Enforcaremos o último rei nas tripas do último padre”. Daí já podemos ver o processo de repúdio ao clero e a ordem.[4]

Porém, o Anticlericalismo se aprofundou na Revolução Russa (1917) em, não só a Monarquia caiu, mas a Igreja foi perseguida e se instaurou um ateísmo ditatorial em padres da Igreja Ortodoxa tiveram suas línguas cortadas para não divulgarem o Evangelho. O mesmo aconteceu com os monges budistas na China e no Tibet, em que foram perseguidos, estuprados, torturados e mortos pelos comunistas. Assim como os sacerdotes taoístas tiveram de fugir da China. Observemos que movimentos revolucionários tiveram papéis atuantes no Anticlericalismo a fim de excluir uma autoridade moralizante, civilizatória e espiritual, pois estava pautada na agenda revolucionária francesa.

Hoje com os casos de pedofilia, adultério e demais escândalos tem denegrido a imagem dos clérigos por parte dos revolucionários e das pessoas ignorantes que maximizam os erros de uma minoria que cometem estes atos em favor de uma supervalorização dos leigos, dos ignorantes e de certas instituições que desejam se apropriar de todo um cultural religioso sem ter a lapidação, iniciação e preparo para o conhecimento que estas pessoas não são capazes de compreender e utilizam o superficial dos ensinamentos a fim de manter as massas na ignorância em detrimento dos bons conselhos e ensinamentos doados pelos sacerdotes, dentro de um esforço civilizatório de evolução espiritual.

Portanto se faz necessário que o homem contemporâneo abandone sua arrogância, esvazie sua taça a fim de beber dos ensinamentos ensinados por estes professores que estão a um degrau de distância da iluminação e da busca da santidade.[5]

“Obedecei a vossos dirigentes e segui as suas orientações, porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hebreus 13:17)


Notas e referências bibliográficas:


[1] TARNAS, Richard – A Epopéia do Pensamento Ocidental - Editora Bertrand Brasil – R.J. – págs. 256 e 257. História do Mundo – Editora Visor – Págs. 94 e 95. Martin Lutero, Nascido em 10 de novembro de 1483, em Eisleben – Turíngia, foi ordenado sacerdote em 1507.
[2] BASTOS, Roberto – Direto Aos Assuntos: Idéias soltas e marcantes – Editora Autografia – R.J. – págs. 70 e 71.
[3] Liberté, Igualité et Fraternité. TARNAS, Richard – A Epopéia do Pensamento Ocidental - Editora Bertrand Brasil – R.J. – pág. 336.
[4] Visto que a chamada “Fase do Terror” da Revolução Francesa foi reinada pela Oclocracia.
[5] BASTOS, Roberto – Op. Cit. – págs. 165 e 167.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Meu momento atual.


Como estamos no mês de Janeiro, cujo mês é dedicado ao Deus Jânus, que tem duas faces e representa o olhar para frente e para trás, pois este mês de janeiro foi feito para isto olhar o futuro, planejando-o, e olhar para o passado, a fim de refletir o que foi feito.

Mas a efígie de Jânus é representado por uma face de um velho e uma face de um jovem, representando a sabedoria e o vigor. Mas meu momento atual é marcado pelo arcano o Eremita, que representa recolhimento, silêncio,autoconhecimento, iluminação, concentração, isolamento e reavaliação. porém em seu aspecto negativo ele representa um forte desejo por reclusão, o que atrapalha as nossas vidas, pois tudo precisa da justa medida.

Contudo, é no silêncio de nossas atitudes que podemos observar as possibilidades concretas, os caminhos a serem tomados e observamos as nossas potencialidades.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Um dia, um adeus: Minha aposentadoria.

O presente autor não irá abordar neste blog a questão da previdência. Nem será um adeus, neste presente momento. Mas, uma promessa.

O presente autor irá parar de escrever aos 60 anos. Esta será a minha aposentadoria, o meu adeus, pois chega um momento em que devemos parar o que fazemos a fim de termos um descanso e a sensação de missão cumprida.

Como o presente autor está estudando para ser padre e se formará daqui a dois anos e levará mais um ano e meio, aproximadamente, como diácono da Igreja Católica Liberal até ser ordenado padre. Porém, como padre da Igreja Católica Liberal terei minha aposentadoria, não remunerada, aos 70 anos, finalizando a missão espiritual que eu abracei.

Sendo assim pararei de escrever aos sessenta anos e irei tentar aprender um último ensinamento, que é deixar este mundo sem irá e sem apego, mas não será agora.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Quinto preceito: Não se entorpecer.


 Surameyamajjapamadatthana Veramant Sikknapadam Samadiyami. - “Eu tomo o preceito de abster-me do vinho, álcool e entorpecentes que causam a negligência”.

A sociedade atual sofre com o mal das drogas e do alcoolismo que levam os homens, porque não dizer a juventude, ao consumo destes entorpecentes, que nos afastam da realidade.

Os entorpecentes são produtos, tanto naturais quanto sintéticos, que produzem e estimulam o delírio, o entorpecimento dos sentidos, a fantasia, a fuga da realidade, a libertinagem, a imoralidade e o vício. Descaminhos estes que geram prejuízos aos consumidores de entorpecentes, as famílias dos adictos e a sociedade.

Partindo da menor unidade, que é o indivíduo, este causa prejuízo para si mesmo ao fazer uso de entorpecentes a fim de manter-se apartado da realidade e, conseqüente, negligenciando a sua unidade consigo mesmo, mergulhando no delírio que se aproxima da loucura, gerando também karma negativo.

Assim como o bater de asas de uma borboleta pode causar um furacão em alguma parte do mundo, as ações de um adicto em drogas ou mesmo um alcoólatra trazem prejuízos aos seus familiares, que sofrem com as ações inconseqüentes e bestiais do viciado, tais como a violência doméstica, o abandono, o furto de objetos, a fim do adicto manter o seu vício, e a inserção deste no submundo do crime.

Ao falarmos do submundo do crime, o adicto, com seu vício, alimenta este submundo de violência, contravenção e destruição dos valores sociais e civilizatórios com suas ações karmicas, que atingem a sociedade que precisa lutar contra o crime e o fornecimento de entorpecentes e gerar leis e propagandas contra o abuso de bebidas alcoólicas.

O Budha Shakyamuni (Siddartha Gautama) expôs o ensinamento de encararmos a realidade através da disciplina mental e moral, com o intuito de nos libertarmos das ilusões. Sendo assim, ele mesmo deixou um legado para esta libertação utilizando 5 preceitos[1], sendo um deles, o último de não se entorpecer e não se embriagar a fim manter-se sóbrio e viver suas vidas com dignidade.
Alguns críticos deste artigo irão dizer que isto é trocar um prazer por outro. Não! Positivamente, não! O Budha nos ensina que a busca de prazer nos traz dores, principalmente na manutenção do prazer que nos leva ao hedonismo, ao apego do prazer, a repulsa da dor e dos reveses da vida, que consequente, nos leva a dor.

Desta forma, afirmamos que não existe consumo recreativo de entorpecentes, pois isto é uma falácia para desculpar o vício e a imoralidade. Além dos entorpecentes serem uma forma de controle da ilusão, do sistema hedonista e dos aliciadores imorais e libertinos com o indivíduo cooptado e corrompido, como nos foi alertado na obra “Admirável Mundo Novo”, em que o autor nos alerta para este perigo, que na verdade é um projeto de poder que está em execução.[2]

Sendo assim, o uso de entorpecentes é uma ilusão perigosa e decadente para as pessoas, que deveriam ter a mente livre para acessar a realidade e se conectar com a sua chispa divina. E para a sociedade não cair na decadência criminal.

Portanto, o budismo poderia ter ajudado a sociedade e as pessoas, com os seus preceitos e com o Nobre Octúplo Caminho.[3]

Notas e referências bibliográficas:


[1] Cinco Preceitos: 1 – Não matar; 2 – Não roubar; 3 – não mentir; 4 – Não ter conduta sexual inapropriada; 5 – Não se entorpecer  ou utilazr do vinho e do álcool.
[2] HUXLEY, Aldous – Admirável Mundo Novo – Editor Victor Civita – São Paulo – S.P.  – 1980 – Págs. 15, 17 à 22.
[3] O Nobre Octúplo Caminho – Compreensão Correta, pensamento correto, palavra correta, ação correta, meio de vida correto, esforço correto, plena atenção correta e concentração correta. HSING Yun – A Essência do Budismo – BLIA – Cotia  - S.P. – Pags. 37 à 44.