quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Um dia, um adeus: Minha aposentadoria.

O presente autor não irá abordar neste blog a questão da previdência. Nem será um adeus, neste presente momento. Mas, uma promessa.

O presente autor irá parar de escrever aos 60 anos. Esta será a minha aposentadoria, o meu adeus, pois chega um momento em que devemos parar o que fazemos a fim de termos um descanso e a sensação de missão cumprida.

Como o presente autor está estudando para ser padre e se formará daqui a dois anos e levará mais um ano e meio, aproximadamente, como diácono da Igreja Católica Liberal até ser ordenado padre. Porém, como padre da Igreja Católica Liberal terei minha aposentadoria, não remunerada, aos 70 anos, finalizando a missão espiritual que eu abracei.

Sendo assim pararei de escrever aos sessenta anos e irei tentar aprender um último ensinamento, que é deixar este mundo sem irá e sem apego, mas não será agora.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Quinto preceito: Não se entorpecer.


 Surameyamajjapamadatthana Veramant Sikknapadam Samadiyami. - “Eu tomo o preceito de abster-me do vinho, álcool e entorpecentes que causam a negligência”.

A sociedade atual sofre com o mal das drogas e do alcoolismo que levam os homens, porque não dizer a juventude, ao consumo destes entorpecentes, que nos afastam da realidade.

Os entorpecentes são produtos, tanto naturais quanto sintéticos, que produzem e estimulam o delírio, o entorpecimento dos sentidos, a fantasia, a fuga da realidade, a libertinagem, a imoralidade e o vício. Descaminhos estes que geram prejuízos aos consumidores de entorpecentes, as famílias dos adictos e a sociedade.

Partindo da menor unidade, que é o indivíduo, este causa prejuízo para si mesmo ao fazer uso de entorpecentes a fim de manter-se apartado da realidade e, conseqüente, negligenciando a sua unidade consigo mesmo, mergulhando no delírio que se aproxima da loucura, gerando também karma negativo.

Assim como o bater de asas de uma borboleta pode causar um furacão em alguma parte do mundo, as ações de um adicto em drogas ou mesmo um alcoólatra trazem prejuízos aos seus familiares, que sofrem com as ações inconseqüentes e bestiais do viciado, tais como a violência doméstica, o abandono, o furto de objetos, a fim do adicto manter o seu vício, e a inserção deste no submundo do crime.

Ao falarmos do submundo do crime, o adicto, com seu vício, alimenta este submundo de violência, contravenção e destruição dos valores sociais e civilizatórios com suas ações karmicas, que atingem a sociedade que precisa lutar contra o crime e o fornecimento de entorpecentes e gerar leis e propagandas contra o abuso de bebidas alcoólicas.

O Budha Shakyamuni (Siddartha Gautama) expôs o ensinamento de encararmos a realidade através da disciplina mental e moral, com o intuito de nos libertarmos das ilusões. Sendo assim, ele mesmo deixou um legado para esta libertação utilizando 5 preceitos[1], sendo um deles, o último de não se entorpecer e não se embriagar a fim manter-se sóbrio e viver suas vidas com dignidade.
Alguns críticos deste artigo irão dizer que isto é trocar um prazer por outro. Não! Positivamente, não! O Budha nos ensina que a busca de prazer nos traz dores, principalmente na manutenção do prazer que nos leva ao hedonismo, ao apego do prazer, a repulsa da dor e dos reveses da vida, que consequente, nos leva a dor.

Desta forma, afirmamos que não existe consumo recreativo de entorpecentes, pois isto é uma falácia para desculpar o vício e a imoralidade. Além dos entorpecentes serem uma forma de controle da ilusão, do sistema hedonista e dos aliciadores imorais e libertinos com o indivíduo cooptado e corrompido, como nos foi alertado na obra “Admirável Mundo Novo”, em que o autor nos alerta para este perigo, que na verdade é um projeto de poder que está em execução.[2]

Sendo assim, o uso de entorpecentes é uma ilusão perigosa e decadente para as pessoas, que deveriam ter a mente livre para acessar a realidade e se conectar com a sua chispa divina. E para a sociedade não cair na decadência criminal.

Portanto, o budismo poderia ter ajudado a sociedade e as pessoas, com os seus preceitos e com o Nobre Octúplo Caminho.[3]

Notas e referências bibliográficas:


[1] Cinco Preceitos: 1 – Não matar; 2 – Não roubar; 3 – não mentir; 4 – Não ter conduta sexual inapropriada; 5 – Não se entorpecer  ou utilazr do vinho e do álcool.
[2] HUXLEY, Aldous – Admirável Mundo Novo – Editor Victor Civita – São Paulo – S.P.  – 1980 – Págs. 15, 17 à 22.
[3] O Nobre Octúplo Caminho – Compreensão Correta, pensamento correto, palavra correta, ação correta, meio de vida correto, esforço correto, plena atenção correta e concentração correta. HSING Yun – A Essência do Budismo – BLIA – Cotia  - S.P. – Pags. 37 à 44.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Arte marcial e fé.


Toda vez que observamos um ato de violência, nossas personalidades ficam inquietadas pelo desequilíbrio que se manifesta perante nós. Porém, devemos nos ater que dentro de nós existe um guerreiro que não de deixa sobrepujar perante a injustiça, a temeridade e o mal. Tal estrutura interior nos faz prevalecer perante os infortúnios, que nos fazem superar a bestialidade do conflito e buscar respostas para as nossas experiências.[1]

Nenhum dos Avatares incentivou seus discípulos e seguidores a entrarem em um conflito, mas sim evitá-los. Estes mestres de sabedoria nos ensinavam a travar a maior de todas as batalhas que era a luta pelo nosso caráter. Embora observemos tanto no budismo como no cristianismo os chamados Divindades Iradas e Santos Guerreiros, pois demonstravam um caráter combativo contra os males, injustiças e agentes da maldade. O que demonstra que não devemos ser passivos perante as atrocidades e infortúnios que nos levam a opressão e a loucura.

O próprio Jesus Cristo exortava seus discípulos a terem uma espada afim de se protegerem contra os ataques, mas que ele afirmava que seus discípulos não deveriam entrar no conflito:

“Perguntou-lhes Jesus: Quando vos mandei sem bolsa, sem alforge e sem sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Responderam eles: Nada.
Então lhes disse: Agora, porém, o que tem bolsa, tome-a, como também o alforge; e o que não tem dinheiro, venda a sua capa e compre espada.
Pois vos digo que importa cumprir-se em mim o que está escrito: E ele foi contado com os transgressores; porque o que a mim se refere está sendo cumprido.
Disseram eles: Senhor, aqui estão duas espadas. Respondeu-lhes Jesus: Basta.”[2]

Parece um pouco contraditório, mas a verdadeira espada é a espada do espírito.[3]  Pois nossa natureza não é física mas espiritual, sendo um significado de superioridade mental que o nosso guerreiro interior a traz consigo diariamente, através da estratégia para vencer a violência, que toma parte da personalidade humana dando condições para o guerreiro interior alcançar um grau de evolução superior e conquistar o centro, ou seja , o guerreiro interior precisar esta centralizado a fim de vencer a violência.[4]



Citações e referência bibliograficas:


[1] ISASA, Michel Echenique – As Raízes da Violência: Conhecer para evitar. – Belo Horizonte  - M.G. – 2000 – Págs.  65 e 66.
[2]  Biblia Sagrada – Lucas 22:35 à 38.
[4] ISASA, Michel Echenique – Op. Cit. – Págs.  66, 68 e 69.


segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Motivos que me fizeram sair do Budismo.



Permitam-me dizer quais foram os motivos que me fizeram sair do Budismo. Lembrando que o Budismo é uma ótima religião, que pode colaborar muito com o processo de civilização e evolução espiritual de cada pessoa. Porém ela é uma religião filosófica, pois está situada no segundo raio, que tem como característica a Filosofia.

Durante dez anos de 2008 à 2018 pratiquei esta religião filosofica, no Templo Zu Lai, que mistura a Escola Zen com a Escola Terra Pura. Cheguei a conhecer o Budismo Theravada (Prática dos Anciões) e o Budismo Tibetano, acabei me identificando com o Budismo do Templo Zu Lai, claro que eu também cheguei a frequentar a Sociedade Taoísta, pois esta religião falava muito em Deus.
Porém, os motivos que me levaram a sair do Budismo foram:
  1.       - A distância de minha casa para os locais de Dharma são longiquas, pois moro na Zona Norte do Rio de Janeiro, uma região esquecida por Deus e todos os templos, Viharas e locais de Dharma se concentram nas regiões da Tijuca, Grajaú, Zona Sul edo Rio de Janeiro, Recreio e na cidade de Itaguaí. Sendo que o Templo Zu Lai, localizado no Grajaú, é o menos distante de onde moro, porém leva 1h 30min para chegar, pegando um ônibus apenas.
  2.        - A outra questão é a dificuldade da língua que muitas vezes as palestras dos monges e monjas são na língua em que se necessita de um tradutor, tornando assim um budismo de colônia, mais voltado para os asiáticos do que para brasileiros interessados nos ensinos.
  3.        -Em alguns casos ocorre um afastamento dos brasileiros por parte dos asiáticos, a fim de manter a sua cultura e, às vezes, um certo preconceito contra os ocidentais. Porém, não é sempre.
  4.        O principal motivo, a política, muitos budistas nacionais, que não são asiáticos, se alinharam ideologicamente a esquerda, o que é um erro em virtude do que o socialismo (as esquerdas) fez com as Escolas budista no Camboja, no Tibet, no Laos e na China continental. Perseguiu, prendeu, estuprou, escravizou e matou os monges e destruiu as culturas desses países e seus patrimônios culturais.

Por esses motivos resolvi me retirar do budismo, embora, eu seja grato pelos Ensinamentos, mas a nossa sociedade é cristã. Devido eu estar fortemente influenciado pelo budismo e pela Filosofia me tornei um cristão esotérico, ou seja, sou membro da Igreja Católica Liberal, mais uma iniciação em minha vida, e estou estudando para me tornar padre.

Muito obrigado pela audiência.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Um hiato de idéias.

Por motivos de mudanças e pesquisas o presente autor está em débito de escrever para este blog. Entretanto estou em uma fase de mudanças e de releituras a fim de trazer conhecimento e revelações pois estou praticando um cristianismo esotérico, que se utiliza de conhecimentos que embasaram as práticas do Mestre Jesus nos caminhos para a iluminação.
Mas irá continuar os estudos comparados de religiões a fim de trazer maiores esclarecimentos para o honrado leitor entrar na senda da sabedoria exposta pelos Grandes Mestres da Sabedoria.
Mas o presente autor esta passando por um hiato de idéias, um vazio de criatividade, que estagna-me na produção de textos.

Prometo que vou me esforçar para nutrir este blog.

sábado, 2 de março de 2019

Novos rumos

Em virtude de mudanças na minha vida o presente autor postará neste blog religiões comparadas. Pois, deixei de ser budista para me tornar um católico liberal.
Mas o farei com a liberdade de pensamento e o uso de comparação religiosa a fim de tornar o blog mais livre e cheio de sabedoria. Usarei tanto o budismo como o taoismo e o cristianismo esotérico como ferramentas para a comunicação e o saber.
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